15 junho 2016

A Genealogia dos deuses

Olá meus amigos!! Peço desculpas pelo afastamento aqui da página, mas esse mês de maio foi um bocado puxado no quartel, com infinitas atividades (ser militar não é tão simples como às vezes me perguntam não rsrs). 
Em virtude disso, precisei ficar um pouco de fora do mundo virtual esse mês, mas acho que agora em junho posso organizar mais as coisas (ou não kkkk).
Já tendo explicado o motivo da ausência, vamos então pro que realmente interessa, nada mais nada menos que o nosso fabuloso universo da Mitologia Nórdica!
Havia primeiramente planejado uma sequência de contos famosos da mitologia, mas revendo depois achei que ficaria um buraco se eu começasse a falar de meio mundo de deuses, sem que ficasse mais claro quem tem relação com quem. Dessa forma, vamos começar um passeio por essa genealogia, e entender quem faz parte da família de quem.


Como disse no post anterior, Ymir foi o primeiro gigante, seguido por Buri, o primeiro deus.
Com a decorrência da grande guerra que colocou as raças frente a frente, algumas alianças
foram necessárias, tal como entre Bor e a gigante Bestla, que gerou Odin e seus irmãos Vili e
Vé. 
Odin viria a ser o ascendente da maioria dos deuses subsequentes, e com a morte de Ymir, coube a Bergelmir dar sequencia à raça dos gigantes, que foram se refugiar em Jotunheim, ficando conhecidos como os gigantes de gelo.
Essa é a parte fácil de se entender. A que vêm a partir de agora, já nem tanto (rsrsrs).
Não podemos esquecer que existem infinitas deidades ditas menores, mas que se referem à grandes eventos da natureza, como Sol (sol rsrs) e Máni (lua), e outros, que estão relacionadas a partes mais profundas do conhecimento, ligadas à coisas intangíveis, tais como as Nornas,
Urdar, Verdant e Skuld, símbolos de uma fé superior aos próprios deuses. Contudo, o centro desse universo mitológico de deuses acaba ficando direcionado às duas grandes raças de deuses que povoam o mundo, os quais seriam sim o alicerce da crença humana: os Aesires e os Vanires.
Os Aesires eram os deuses guerreiros, liderados por Odin. A este grupo pertenciam deuses como Thor, Frigga (esposa de Odin), Balder e Tyr, ambos filhos de Odin (existem versões que colocam Tyr como filho de outro gigante de nome Hymir, mas não confundir com o Ymir original); 
Em paralelo, temos os Vanires, deuses da natureza e fertilidade, tendo Njord, deus dos mares, e seus filhos gêmeos, Frey e Freya, seus principais representantes.
Após a derrota dos gigantes, outra guerra se iniciou, agora entre esses dois clãs divinos. Os Aesires se sagraram vencedores, e com isso, resolveu trocar reféns com os Vanires, a fim de manter a paz entre as duas raças. 
Njord, Frey e Freya passaram a viver entre os Aesires, e assim ficou completo o clã, cabendo aos Aesires residirem em Asgard, e os Vanires em Vanaheim.


A árvore genealógica desses deuses até é fácil de entender. Mas como nem tudo são flores no entendimento, precisamos agora entender os casos “à parte”. 
Loki é o primeiro modelo dessa família diferenciada, quando vemos seus três filhos monstruosos com a giganta Angrboda (diga-se de passagem, ele era casado com a deusa Sigyn): Jormungand, a Serpente do Mundo,que jogada ao mar quando filhote e que agora envolve todo o nosso globo, por dentro da água; Hel, a deusa meio viva, meio morta, guardiã do reino que leva o seu próprio nome e
Fenrir, o monstruoso lobo gigante, maior inimigo dos deuses, e futuro algoz do próprio deus Odin. 
Como se essa tríada já não fosse o suficiente, Loki ainda deu mais uma escapadinha em sua relação, ao se transformar em uma égua e ter um “caso” com o cavalo de um gigante,gerando assim Sleipnir, o cavalo de oito patas e montaria de Odin.
Outro caso bastante relevante é o do deus Heimdall, o guardião do reino dos deuses; Ele é
filho nada mais nada menos de 09 (eu disse NOVE) deusas do mar, todas ao mesmo tempo (por favor, não perguntem como isso pode ter sido possível, que acho que nem o próprio Heimdall conseguiria explicar rsrs), e sem nenhum pai evidente pelo caminho. Fruto de tamanha singularidade, foi direcionado por Odin a defender o reino dos Aesires, e seria ele o arauto que informaria o início do Ragnarok, o embate final que levaria à morte dos deuses.
Mas não se desesperem meu caros amigos, os deuses não sumirão do mundo de fato ao final do Ragnarok: alguns abençoados se manterão vivos após tal apocalipse, como Magni e Modi, filhos de Thor, e Vidar, o deus vingador, filho de Odin, que vingará a morte de seu pai. 
Quanto aos gigantes, sejam os de fogo ou os de gelo, não fica claro se os mesmos também tombam por completo, ou se assim como Bergelmir fez anteriormente, algum deles sobrevive ao holocausto e tentará repovoar o mundo com o terror desse povo.
Meus caros, esse é um resumo desse vasto universo. 
Muitos outros deuses e seres importantes ainda estão por aí, aguardando serem melhor explicados e detalhados, mas com o progredir de nossas conversas eles virão à tona. Agradeço mais uma vez pela atenção dos meus leitores, e espero que a partir de agora estejamos todos mais aptos a entender a vida dos deuses, pois na sequência, iremos conhecer o contexto da criação de sua obra: Os Nove Mundos da Mitologia Nórdica. 

Um grande abraço, e até breve.



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