22 janeiro 2017

YGGDRASIL, A ÁRVORE DO MUNDO

Meus amigos, tenho sido um péssimo blogueiro, eu admito (rsrs). Porém, passei por alguma dificuldades de cunho pessoal e, principalmente, um certo desapontamento com o universo literário nacional, e por conta disso, andei completamente parado com o mundo literário. Entretanto, coloquei como meta para esse 2017 dar a atenção que vocês realmente merecem, fazendo o esforço para publicar meu próximo livro, bem como fazer esse blog funcionar de verdade (rsrs).
Conforme planejado anteriormente, pretendo continuar nossos posts abordando o mundo que cerca a Mitologia Nórdica, e já tendo apresentado os principais deuses, nada mais justo que apresentar os Mundos que dividem o Universo Nórdico.
O ponto de equilíbrio, a corrente central da balança dos nórdicos era a grande árvore Yggdrasil, um freixo monstruoso que interligava todos os reinos, se espalhando desde os submundos mais sombrios, até o elevado reino de Aasgard, a morada dos deuses Aesires. Interligando-se pelo seu enorme tronco, raízes e galhos, os mundos se uniam, porém nem sempre era fácil transitar de um para o outro. Tanto é, que os deuses construíram a ponte Bifrost, que ligava o seu mundo ao mundo dos humanos, como uma passagem direta para que fizessem suas viagens de conhecimento.
Asgard era o lar dos deuses Aesires, conforme já descrito anteriormente, tendo sido construída por ordem de Odin para receber toda sua genealogia (afinal, ele é conhecido como o Pai de Todos) e, principalmente, seus soldados que formariam o einhenjar, o poderoso exército que combateria o Ragnarok. Vanaheim seria o lar dos demais deuses, os Vanires, deidades da natureza, que não se ligavam às questões de guerra, cujo destino no Ragnarok é um tanto quanto obscuro.
A criação dos deuses se dividia em três mundos distintos: Midgard, o reino dos homens, maior reino da Yggdrasil, ocupava a maior porção de todos os reinos, formado pelos restos mortais do gigante Ymir, tendo sido distribuído à criação dos três irmãos, Odin, Vili e Vé. Era o cerne e principal reino, e o mais visitado pelos deuses, que lá vivam aventuras e buscavam conhecimento, principalmente Odin; Alfheim era o reino dos elfos da Luz, seres míticos, poderosos e de grande sabedoria, que cultuavam fortemente os Vanires, tendo Frey e Freya como seus maiores símbolos e protetores; Finalmente, os anões e elfos negros dividiam os solos de Svartalfheim, o reino das profundezas e escuridão, vivendo sob a terra e dentro das poderosas montanhas, oscilando características do bem e do mal. Existem versões que apontavam um outro reino, especifico para os anões, conhecido como Nidavellir, separando assim os anões e os elfos negros, talvez para não os confundir em seus princípios.
A raiz mais profunda de Yggdrasil seguia até Niflheim, o mundo gélido onde nada existia, apenas uma névoa doentia, à qual nenhum ser era capaz de sobreviver. Foi o lugar primordial onde deuses e gigantes se formaram. Entre esta e Mifgard, ficava Helheim, reino da deusa Hel, filha de Loki, que abarcava as almas dos mortos que não tinham glória, ou seja, os que morreram em velhice ou que cometeram crimes em suas vidas. Da mesma forma, existem versões que colocam esse mundo dentro de Niflheim, como se ambos fossem o mesmo território, geralmente se confundindo com a versão que designa Nidavellir como o reino dos anões, talvez para garantir que existissem apenas os Nove Mundos, não mudando assim a essência da mitologia.
Finalmente, existem os reinos dos gigantes de fogo e de gelo, respectivamente, Musspelheim e Jotunheim, que servem de moraria às raças que são as maiores ameaças aos humanos e, principalmente, são aqueles capazes de afrontar os deuses aesires. Musspelheim é governada por Sutur, um gigante de fogo com a espada capaz de incendiar o mundo, enquanto que a descendência de Bergelmir, filho de Ymir, para lá foi enviada após a morte do poderoso inimigo dos deuses.
Yggdrasil traz ainda símbolos de grande valia para os nórdicos, como por exemplo, a estima de que suas folhas sejam capazes de dar a vida aos mortos, e seus frutos, capazes de responderem todas as perguntas da humanidade, sendo assim guardados pelas valquírias. A árvore era ainda o lar de grandes seres, como a ave Aar, que gerava os ventos do mundo com o bater de suas asas, inimiga de Nidhogg, a serpente que vivia na raiz do mundo de Hel, cujo objetivo era roer a mesma até a sua queda. Entre eles, vivia Ratatosk, um esquilo gigante que tinha a função de levar e trazer os xingamentos entre ambos os seres colossais.
A árvore como um símbolo de vida se prosperou entre diversas culturas e histórias, sendo de referência à algumas conhecidas, como João e o Pé de Feijão (uma árvore que ligava o céu à terra, e que continha gigantes), e que provavelmente sempre perdurará em histórias ligadas à fantasia, ou mesmo à crenças religiosas mais atuais, pois não existe tanta diferença assim entre o fruto proibido pelas valquírias, e aquele que gerou o conhecimento amplo à Adão e Eva, bem como em inúmera metáforas que cercam nosso dia a dia.

Meus caros, é isso que temos por hoje. Estaremos de volta em breve com mais histórias dessa riquíssima mitologia, dando ênfase aos deuses e suas atuações nos mitos, começando pelo rei de todos, o poderoso Odin.
Um forte abraço, e que o Pai de Todos vos abençoe.